Justin Spencer Windsor Nerds
Mensagens : 35 Data de inscrição : 01/05/2009
| Assunto: Windsor, Justin Qua maio 06, 2009 12:37 am | |
| WINDSOR, Justin
Se queres saber de mim Não olhes os meus retratos Julgando saber-me assim. Se queres saber quem souNão busques nas minhas respostasQuando perguntas onde vou. Se queres saber quem é Este que te sorri Não olhes para o homem {{ }}Que não me saberás pelo sorriso Não me conhecerás pelas respostas Meus retratos são imprecisos A cada dia traço novas rotas. Se queres porventura, um dia Entender deste coração Olha meus olhos primeiro: É neles que mora a poesia Que me explica dia após dia E me mostra por inteiro. Nome: Justin Spencer WindsorIdade: 17 anosData & Local de Nascimento: Connecticut em 27 de Junho de 1992Filiação: Aaron Miller Windsor & Catherine Wood SpencerIrmãos: NãoGrupo: Nerd'sPhotoplayer: Jared PadaleckiHistória | |
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Justin Spencer Windsor Nerds
Mensagens : 35 Data de inscrição : 01/05/2009
| Assunto: Re: Windsor, Justin Sex maio 08, 2009 4:19 am | |
| História
Não consigo sair desta escuridão,desta solidão que existe no meu coração… Olho em meu redor e nada faz sentido!Procuro o caminho que me traga de volta, a luz que apague a noite que há em mim. Rodopio num vazio vezes e vezes sem fim… Quero sair! E então GRITO! Mas a balada do abandono silencia a minha voz…
É numa manhã ensolarada, feliz e alegre que a nossa história começa. Era o dia de 30 de Janeiro de 1990. Um lindo bebê nascia. Seu nome? Ethan, meu irmão. Foi um momento de muita alegria para toda a família. Rosario, minha babá me contou tudo. Ela me disse que meus pais estavam exuberantes de tanta alegria, Ethan muito. Ela me disse que não foi muito diferente para comigo, houve muita alegria e felicidade. Bom, eu não lembro não é mesmo, mas lembro que no início todos nós erámos bastante felizes. Uma boa familia rica, luxuosa e ainda feliz. Não era qualquer um que possuía esse privilégio. Quantas vezes cansei de ir a Disney, sem falar nas viagens para a Europa e outros. Todas as nossas viagens eram tão alegres e divertidas. Sabe, éramos daquelas que davam inveja em outras famílias.
Eu pensava que iria sempre ser assim, havia me esquecido que o sempre, sempre acaba. Nossa familia mudou ou ao menos para mim. Porque? Porque crescemos! O fato é que ao passo que iamos crescendo as coisas iam se modificando. Tudo o que fazíamos, Ethan sempre era o melhor, sempre se destacava, era nota 10 e tudo ou quase tudo. Na escola, era o mais popular, o mais cobiçado por todas as meninas, o melhor amigo, aqueles que todos conheciam, "Ethan!? Mas é claro que conheço! Quem não conhece o Ethan?" costumavam ser as respostas quando alguém falava sobre ele ou perguntava a um outro alguém se o conhecia. Em casa, devido a seu "destaque" particular ele sempre recebia a atenção de papai e mamãe. Forço a memório e não consigo encontrar uma vez que tenhamos chegado e eles me perguntarem coisas do tipo "como foi a aula meu filho?" ou "você está bem?", todas as perguntas deste gênero eram dirigidas a ele, o Ethan!
No início eu não ligava, achava tudo muito normal, costumava pensar "Ah! Eles gostam de mim, claro que gostam. São minha familia! Amanhã devem perguntar, sim, devem!" Mas o amanhã nunca chegou! Com o tempo meus pais já não ligavam mais para mim, era como se eu não fizesse parte da familia. Tinha esquecido o significado de familia. A partir de então sobrou para Rosario o fardo de cuidar de mim. Ela sempre dizia que não era fardo coisa nenhuma, que segundo as palavras dela mesma "tu es un chico mui hermoso Jus! Educado, jovem. Tenho orgulho de ajudar em sua criação!" Eu gostava dela. Em minha mente Rosa, como a chamo, se tornou uma figura materna. Até aprendi a falar um pouco de espanhol! (risos) Ela sempre esteve ao meu lado, nas horas boas e principalmente nas horas ruins, lembro de todas elas.
Bom, há quem diga que eu tinha todos os motivos do mundo para odiar a minha familia, para odiar meu irmão. Até porque fora ele o motivo do meu abandono. E sim, eu o odiava ou ao menos tentava. Por mais que eu quisesse, por mais que tentasse, não conseguia. Primeiro porque para mim familia sempre foi familia, para mim familia significa amor, união e não abandono, tristeza. E segundo porque ele me amava. Nunca escondeu isso de ninguém, nunca me menosprezou. Sempre esteve ali, disposto a tudo. Mesmo com toda a "fama", com toda a popularidade, mesmo com tudo encima, ele jamais, em hipótese alguma me ridicularizou. Lembro-me até hoje, eu estava sentado em uma mesa comendo quando um outro menino quis me bater. Ele me defendeu com todas as forças que tinha e ganhou um olho roxo. Levou uma suspensão depois, mas sorrindo sempre me dizia "Não se preocupe Jus! Para isso que servem os irmãos, não é mesmo?" Ele era um irmão nota mil. Quando eu não tinha ninguém para conversar, ele largava tudo e ficava comigo, quando estava triste, ele me apoiava. Muitas vezes na mesa do jantar, ele tentou desviar o rumo da conversa dele para mim. Sem resultados, é claro, meus pais sempre o idolatravam, ele era e é o melhor filho. Ele tinha "o sangue dos Windsor" como dizia meu pai orgulhoso.
Juro por Deus que eu tentei, tentei muito fazer as mesmas coisas que ele, ser bem-sucedido como ele. Tentei ser o Ethan, mas eu não era o Ethan. Eu precisava ser eu, mas quem era eu? Não sabia! Não tinha gostos, não tinha preferências, não tinha nada. Eu era um nada! Muitas vezes fugi para o banheiro e lá ficava, chorando sozinho, tentando retirar do meu peito a dor que sentia. No entanto só consegui depois do acidente.
Estavámos lá, voltando para casa. Sempre voltavámos juntos, sem carro, sem motorista, voltávamos andando. Fora o próprio Ethan que pediu a minha mãe, ele disse para ela que assim ele podia se exercitar melhor, mas segundo o que ele me disse, isso possibilitava conversarmos sozinhos sem ninguém ficar ouvindo, podiamos contar tudo o que quisessemos para o outro. Fora numa dessa idas para casa que ele me confessou que gostava da Lana, eu nem acreditei, quase engasguei com a noticia. Ela era muito, sei lá, praticinha, nojenta. Mas apesar de tudo eu gostava disso. Nunca percebia quando chegávamos em casa de tão boa que era nossa caminhada. Como eu ia imaginar! Nós andávamos por uma rua quando um homem. Vestia uma capa preta, uma máscara. O homem me agarrou, colocou o revólver em minha cabeça. Eu tremia. Tudo foi tão rápido. Ethan avançando no homem. Um tiro. O homem correndo. Ethan no chão sangrando. Eu entrei em pânico. Ele morreu em meus braços. Todas as noites aquela cena me atormenta. Suas palavras ecoam em minha mente: - J...Jus! Não se preocupe. Tudo vai dá certo. Confie em mim. Jus! Eu... eu quero, quero que me prometa. Você vai namorar a Lana. Prometa Jus! - O que? N...nã...não posso! Vamos falar disso depois, você vai melhorar, a ambulância já está vindo... - Prometa irmão. Por favor. Prometa. - E...eu...eu prometo! Ele sorriu. Era um sorriso tão sereno, um sorriso puro. O último sorriso! - Você é um bom irmão Jus! Obrigado por existir. Eu... - Não, não fale... por favor, não fale... não era para você ter enfrentado o homem, poupe suas energias Ethan, poupe... - Eu faria um milhão de vezes Jus. Você é meu irmão, eu te amo, faria tudo por você...por você, tudo! Eu o abracei. Fora o último abraço que dera no meu irmão, no meu amigo, no meu colega, ele era tudo para mim. Ninguém sofreu tanto quanto eu. Ninguém sente a falta dele tanto quanto eu. Ninguém! Todas as noites, todos os dias, eu me culpo, ele havia morrido por minha culpa. Se eu tivesse conseguido sair daquele homem, se eu não fosse fraco. Se não tivesse medo das pessoas, se fosse mais... mais homem!
Meu irmão, morto! O Ethan morto, nunca ia imaginar tal coisa. Tal barbaridade. Meus pais? Bom, minha mãe quando soube automaticamente me culpou. Dizia ela que nem para salvar a vida do filho dela eu servia, ela se fechou para o mundo e para todos. Aquela mulher radiante de tempos atrás, sumira. Por mais que eu não gostasse da situação, eu ficava feliz porque minha familia estava feliz. Vê um sorriso no rosto de um amigo, parente, não existe sensação melhor a essa. Minha mãe nunca mais sorriu desde então. Meu pai? Ele se fechou em seu trabalho. O vejo, tal qual minha mãe, raras vezes. Sempre trabalho, trabalho e mais trabalho. Tem de cuidar dos assuntos da familia, como sempre dizia, assuntos que não eram tão importantes quando o Ethan estava ali. Os jantares já não são os mesmos, minha familia já não é a mesma, eu já não sou o mesmo. Desde aquele dia eu me prometi que seria melhor em tudo o que fizesse. A dor no meu peito aumentava cada dia. Mas eu já não chorava mais, não era isso que Ethan faria. Descobri na poesia meu refúgio. A escrita, o poema, a redação passou a ser meu lar, minha vida. Passei a ser conhecido como Nerd. Não ligo muito para isso. A opnião das pessoas deixou de ser importante. Ganhei fama, me tornei presidente do clube de poesia e outras atividades escolares, ganhei amigos, posso destacar a Li. Fora no primeiro dia de aula, estava passando pela rua, a mesma caminhada que eu e Ethan faziámos quando Li estava no ponto de ônibus. Chamou minha atenção pelo seu jeito peculiar de ser, tão engraçada. De alguma forma ela me atraiu. Dizem que foi paixão a primeira vista, mas eu desconhecia tal sentimento. A medida que a fui conhecendo, mas atração fui sentido, mas não podia, não devia dá vazão a esse sentimento que insistia em nascer dentro de mim. Toda vez que me aproximava, toda vez que pensava em Li de forma romantica, eu me lembrava das palavras de Ethan, da promessa que o tinha feito. Hoje vivo minha vida a ser o máximo que puder parecido com aquele que um dia deu a sua vida por mim. "Por você tudo!"
Se aquilo que sou não sou. Quem sou eu? O espelho me desconhece!
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